Meio AmbienteSaúde

Texto por:

Marcio e Laura

Resíduos de serviços de saúde (RSS) são aqueles gerados a partir do atendimento à saúde humana e animal (CONAMA, 2005). Tratam-se de resíduos que merecem muita atenção e cuidado em função da presença de microrganismos, e de substâncias tóxicas, cortantes e perfurantes.

A ANVISA (2004), classifica os RSS em 05 grupos, a saber: A, B, C, D e E. O grupo A representa os resíduos infectantes em função da possível presença de agentes biológicos. O grupo B abarca resíduos químicos considerando a presença de substâncias químicas. O grupo C, também é conhecido como resíduos radioativos pela presença de radionuclídeos acima do permitido. O grupo D contempla resíduo comum, semelhante ao doméstico. Já o Grupo E, é denominado de resíduos perfurantes em consequência da presença de materiais perfurantes, cortantes ou escarificantes. Essa definição grupal é importante para que as etapas de segregação, acondicionamento e tratamento dos resíduos sejam realizadas de forma eficiente.


Falha em qualquer ação referente ao manejo dos resíduos, pode acarretar em sérios problemas à saúde dos colaboradores da instituição geradora do resíduo ou podem até mesmo colocar em risco a saúde pública.
Desse modo, considerando os malefícios que esses resíduos quando não segregados, acondicionados e tratados corretamente podem acarretar à saúde do trabalhador e à saúde pública, objetiva-se com essa pesquisa conhecer como os hospitais tem gerenciado seus resíduos. Nesse sentido, salienta-se que os dados foram coletados em dois hospitais de médio porte da Zona da Mata Mineira.


Foi possível verificar no hospital A que os resíduos são separados na fonte geradora pelos profissionais da saúde. Após separados, são descartados nas embalagens determinadas pela legislação a cada grupo. Três vezes ao dia, sendo às 7h, 11h e 16h, os resíduos são coletados por um funcionário específico para essa atividade, o qual se utiliza de um carrinho grande para fazer o transporte. Nesse sentido, os RSS são direcionados a abrigos externos de resíduos, separados por grupo, e permanecem nesse local até que a empresa responsável pelo tratamento possa fazer a coleta. Ressalta-se que os resíduos comuns são coletados todos os dias pelo serviço de coleta da coleta municipal, os infectantes e perfuro-cortantes são coletados pela empresa SERQUIP uma vez por semana, já os químicos são coletados anualmente por empresa também especializada no que diz respeito ao tratamento adequado. Os funcionários da instituição recebem treinamento referente aos RSS após admissão. No hospital B, verificou-se cada setor da instituição possui três lixeiras (branca, azul e preta) e uma caixa de perfuro cortante. No que diz respeito aos resíduos do serviço de Raio X, é importante mencionar que o setor possui seus processos computadorizados, o que contribui para a diminuição de resíduos. A coleta dos resíduos é feita três vezes ao dia, às 6h, 12h e 18h. Os resíduos são transportados por meio de carros coletores próprios, após coletados são abrigados em salas que são separadas por tipo de resíduos até que possam ser coletados por empresa externa especializada. Os resíduos comuns são coletados pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), e os demais pela SERQUIP.


Nesse sentido, conclui-se que os RSS precisam receber a devida importância, considerando os impactos negativos que pode gerar à saúde pública e ao meio ambiente. Verificou-se que as instituições visitadas dão muita importância aos RSS e procuram trabalhar com processos seguros.

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